Cientistas anunciaram recentemente a criação de um laboratório na Espanha onde corpos poderão ser congelados para conservação enquanto a ciência avança nos estudos que podem descobrir meios para ressuscitá-los.
O país tem planos para a criação do Cemitério-Laboratório Ibero-Americano de Criopreservação, que terá a capacidade para abrigar 500 corpos e custará 100 milhões.
O cemitério será financiado por interessados de alto poder aquisitivo e ainda não tem data para início de funcionamento.
Francisco Roldán, diretor da recém-criada Associação Ibero-Americana de Criopreservação, entidade que reúne quase cem médicos, diz que os interessados não só desejam viver eternamente, como ainda esperam se beneficiar das descobertas científicas futuras para estar sempre jovens.
O preço para ter o corpo congelado a uma temperatura de -196ºC em um caixão de alta tecnologia industrial (foto) é de R$ 140 mil por cadáver. O investimento não possui garantias.
“Ficção científica? Se quiserem chamar assim, pois que chamem. Milhares de anos atrás os homens sonhavam voar e não imaginavam que um dia o faríamosem um avião. Hojeressuscitar pode parecer a mesma utopia. Mas quem pode limitar os avanços da ciência?”, perguntou Roldán, que é formado em ciências políticas, e não em medicina.
As opinões de cientistas e líderes religiosos divergem com relação à validade da iniciativa.
O porta-voz da Comissão de ética da Organização Médica Nacional disse à BBC Brasil que “não se trata de impedir os avanços da ciência, nem de criar falsas expectativas. Mas de saber quais são os limites médicos, humanos e até divinos, se for o caso”.
Para o pesquisador Ramón Risco Delgado, chefe do Departamento de Criopreservação da Universidade de Sevilha, “em mais de 50 anos de tentativas, no máximo a ciência conseguiu reviver o rim de um coelho e o útero de um rato. Conservar um cadáver humano congelado com a esperança de ressuscitá-lo no futuro não tem sentido. é um engano absoluto”.
Roldán rebate explicando que “com estas técnicas corremos contra o relógio. Assim que se constata a morte legal, o cérebro continua enviando impulsos elétricos durante uns instantes. E é durante esse tempo que aplicamos a vitrificação”.
Já do ponto de vista do membro da Academia Brasileira de Ciências e professor titular do Instituto de Química da Universidade de Campinas (Unicamp), Marcos Eberlin, que é membro da primeira Igreja Batista de Campinas, a proposta beira o absurdo.
“É uma ilusão, não existe a possibilidade, no atual estágio das pesquisas do fenômeno do ressuscitamento ocorrer”. “É mais ficção científica do que realidade” atesta.
De acordo com Eberlim, a restituição da vida é uma ilusão, pois a vida tem de ser restaurada por completo – “e a alma e espírito?”, questiona.
Na visão de líderes evangélicos, a questão é indiscutível, dada a ordem bíblica ao homem de morrer uma só vez.
Por outro lado, a Associação Ibero-Americana de Criopreservação diz que os primeiros sinais das possibilidades de ressuscitamento já existem, e usam o exemplo dos óvulos humanos para fecundação.
Fonte: Christian Post
O país tem planos para a criação do Cemitério-Laboratório Ibero-Americano de Criopreservação, que terá a capacidade para abrigar 500 corpos e custará 100 milhões.
O cemitério será financiado por interessados de alto poder aquisitivo e ainda não tem data para início de funcionamento.
Francisco Roldán, diretor da recém-criada Associação Ibero-Americana de Criopreservação, entidade que reúne quase cem médicos, diz que os interessados não só desejam viver eternamente, como ainda esperam se beneficiar das descobertas científicas futuras para estar sempre jovens.
O preço para ter o corpo congelado a uma temperatura de -196ºC em um caixão de alta tecnologia industrial (foto) é de R$ 140 mil por cadáver. O investimento não possui garantias.
“Ficção científica? Se quiserem chamar assim, pois que chamem. Milhares de anos atrás os homens sonhavam voar e não imaginavam que um dia o faríamosem um avião. Hojeressuscitar pode parecer a mesma utopia. Mas quem pode limitar os avanços da ciência?”, perguntou Roldán, que é formado em ciências políticas, e não em medicina.
As opinões de cientistas e líderes religiosos divergem com relação à validade da iniciativa.
O porta-voz da Comissão de ética da Organização Médica Nacional disse à BBC Brasil que “não se trata de impedir os avanços da ciência, nem de criar falsas expectativas. Mas de saber quais são os limites médicos, humanos e até divinos, se for o caso”.
Para o pesquisador Ramón Risco Delgado, chefe do Departamento de Criopreservação da Universidade de Sevilha, “em mais de 50 anos de tentativas, no máximo a ciência conseguiu reviver o rim de um coelho e o útero de um rato. Conservar um cadáver humano congelado com a esperança de ressuscitá-lo no futuro não tem sentido. é um engano absoluto”.
Roldán rebate explicando que “com estas técnicas corremos contra o relógio. Assim que se constata a morte legal, o cérebro continua enviando impulsos elétricos durante uns instantes. E é durante esse tempo que aplicamos a vitrificação”.
Já do ponto de vista do membro da Academia Brasileira de Ciências e professor titular do Instituto de Química da Universidade de Campinas (Unicamp), Marcos Eberlin, que é membro da primeira Igreja Batista de Campinas, a proposta beira o absurdo.
“É uma ilusão, não existe a possibilidade, no atual estágio das pesquisas do fenômeno do ressuscitamento ocorrer”. “É mais ficção científica do que realidade” atesta.
De acordo com Eberlim, a restituição da vida é uma ilusão, pois a vida tem de ser restaurada por completo – “e a alma e espírito?”, questiona.
Na visão de líderes evangélicos, a questão é indiscutível, dada a ordem bíblica ao homem de morrer uma só vez.
Por outro lado, a Associação Ibero-Americana de Criopreservação diz que os primeiros sinais das possibilidades de ressuscitamento já existem, e usam o exemplo dos óvulos humanos para fecundação.
Fonte: Christian Post
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