Protestantismo é uma das três maiores divisões (Catolicismo, Ortodoxa e Protestantismo) do Cristianismo. Este movimento iniciou-se na europa central no início do século XV como uma reação contra as doutrinas e práticas do catolicismo romano medieval.[1]
As doutrinas das inúmeras denominações protestantes variam, mas muitas incluem a justificação por graça mediante a fé somente, conhecido como Sola fide, o sacerdócio de todos os crentes, e a Bíblia como única regra em matéria de fé e ordem, conhecido como Sola scriptura.
No século XVI, seguidores de Martinho Lutero fundaram igrejas "evangélicas" na Alemanha e Escandinávia. As igrejas reformadas na Suíça e França foram fundadas por João Calvino e também por reformadores radicais como Ulrico Zuínglio. Thomas Cranmer reformou a Igreja da Inglaterra e depois John Knox fundou uma comunhão calvinista radical na Igreja da Escócia.
EtimologiaO termo protestante é derivado (via francês ou alemão Protestant[2]) do latim protestari.[3][4] Significa declaração pública/protesto, referindo-se à carta de protesto por príncipes luteranos contra a decisão da Dieta de Speyer de 1529, que reafirmou o Édito de Worms de 1521, banindo as 95 teses de Martinho Lutero do protesto contra algumas crenças e práticas da Igreja Católica do século XVI.
O termo protestante não foi inicialmente aplicado aos reformadores, mas foi usado posteriormente para descrever todos os grupos que protestavam contra a Igreja Católica.
Desde aquele tempo, o termo Protestante tem sido usado com diversos sentidos, muitas vezes como um termo geral para significar apenas os cristãos que não pertencem à Igreja Católica, Ortodoxa ou Ortodoxa Oriental (inclusive àqueles cristãos que não pertencem à Igreja Anglicana, pois esta mesma não se auto-define como católica ou protestante).
Os "Reformadores" foram pessoas de vasta cultura teológica e humanista: Calvino estudou em Sorbonne e seu pai era bispo; Lutero foi monge e professor universitário da Bíblia; Zuínglio era sacerdote e humanista. De acordo com o programa dos humanistas, eles buscaram nas fontes da antiguidade cristã as bases para uma renovação religiosa. Lendo as Sagradas Escrituras e retornando aos Pais da Igreja, descobriram uma nova visão da fé e uma doutrina bíblica cristocêntrica.
Na Suíça de fala alemã, Ulrico Zuínglio, Johannes Oekolampad e outros começaram também uma tentativa de Reforma da Igreja Católica, de caráter mais urbano e enriquecida pelo humanismo de Erasmo de Roterdão.
A Igreja da Inglaterra não se deixou influenciar, num primeiro momento, pelo protestantismo, mas depois de sua quebra com a Igreja de Roma, começou uma aproximação com os ideais Reformados. Atualmente a maior parte das Igrejas da Comunhão Anglicana declaram-se Reformadas.
Martinho Lutero
O protestantismo apresenta elementos em comum apesar de sua grande diversidade. A Bíblia é considerada a única fonte de autoridade doutrinal e deve ser interpretada de acordo com regras históricas e linguísticas, observando-se seu significado dentro de um contexto histórico. A salvação é entendida como um dom gratuito (presente, graça) de Deus alcançado mediante a fé. As boas obras não salvam, sendo resultados da fé e não causa de salvação. O culto sempre é no idioma vernáculo e em sua grande maioria é simples tendo como base as Escrituras Sagradas. O protestantismo histórico, conserva as crenças cristãs ortodoxas tais como a doutrina trinitária, a cristologia clássica, o credo niceno-constantinopolitano, entre outros. Os protestantes expressam suas posições doutrinais por meio de Confissões de Fé e breves documentos apologéticos. A Confissão de Augsburgo expressa a doutrina Luterana. As confissões reformadas incluem a Confissão Escocesa (1560), a segunda Confissão Helvética (1531), a Confissão de Fé de Westminster (1647), os 39 Artigos de Religião da Igreja da Inglaterra (1562), etc. As Declarações de Barmen contra o regime Nazista e a Breve Declaração de Fé da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos são exemplos de declarações de fé recentes.
O ensino religioso, tem como base o estudo de catecismos. No Luteranismo faz-se uso dos Catecismo Maior e Menor de Lutero. O catecismo de Heildelberg e o Catecismo Maior e Menor de Westminster são utilizados pelas Igrejas Reformadas. O protestantismo rejeita parte das doutrinas que caracterizam o catolicismo tais como: o purgatório, a supremacia papal, as orações pelos mortos, a intercessão dos santos, a assunção de Maria e sua virgindade perpétua, a veneração dos santos, a transubstanciação, o sacrifício da missa, o culto às imagens, etc.
O protestantismo, em maior parte, segue a doutrina Agostiniana da eleição. Estabelece que a salvação é pela graça (favor imerecido) de Deus. Para os protestantes a autoridade da Igreja está vinculada a obediência da palavra de Deus e não à sucessão apostólica. Assim sendo, a Igreja cristã existe onde se escuta e obedece a palavra de Deus.
O protestantismo deseja regressar às doutrinas apostólicas e à simplicidade da fé e prática da Igreja primitiva. Portanto deve-se ao protestantismo a iniciativa as primeiras práticas ecumênicas adotadas a partir da segunda metade do século XIX. Vale lembrar que até hoje a Igreja Católica não faz parte do Conselho Mundial de Igrejas, e somente abriu-se ao dialogo ecumênico em 1965, após o Concílio Vaticano II.
O protestantismo se disseminou principalmente nos meios urbanos e através da nobreza. A difusão das ideias protestantes foi facilitada pela invenção da imprensa, que tornou possível a divulgação e a tradução da Bíblia nas línguas vernáculas. Desde então, as doutrinas cristãs passaram a necessitar do aval bíblico.
No Concílio de Trento, os bispos católicos partidários de Roma optaram por limitar o aceso laico as escrituras, proibindo a tradução da Bíblia para o vernáculo e impondo a Vulgata em latim como a única Bíblia autorizada e aumentando o índice de livros proibidos aos fiéis (Index Librorum Prohibitorum).
João Calvino.A "Reforma" Protestante alcançou êxito em muitas áreas da Europa. Em sua forma Luterana é predominante no norte da Alemanha e em toda a Península Escandinava. Na Escócia surgiu a Igreja Presbiteriana. As Igrejas Reformadas também frutificaram nos Países Baixos, na Suíça e no oriente da Hungria. Com o desenvolvimento dos impérios europeus , principalmente o Império Britânico, nos séculos XIX e XX o protestantismo continuou a se expandir, se tornando uma fé de escala mundial. Atualmente mais de 600 milhões de pessoas professam alguma das diferentes manifestações do protestantismo no mundo.[carece de fontes?]
O protestantismo assumiu três formas básicas: a luterana, a reformada (calvinista) e a anglicana. O protestantismo não possui organização centralizadora, porém suas igrejas estão organizadas em igrejas nacionais e em concílios internacionais tais como a Aliança Mundial de Igrejas Reformadas e a Federação Luterana Mundial.
O trabalho missionário do século XIX levou a cooperação interdenominacional e consequentemente ao movimento ecumênico do qual surgiu o Conselho Mundial de Igrejas. [carece de fontes?] Fora desse protestantismo, que muitos estudiosos denominam "protestantismo magisterial", surgiu outro ramo que se distinguiu tanto do catolicismo como das igrejas protestantes de caráter histórico-nacional. Este ramo recebe o nome de Reforma Radical. O historiador George Williams distingue as seguintes correntes dentro desta reforma: espiritualistas, racionalistas e anabatistas. Os anabatistas rechaçaram a união da igreja e estado e repudiaram o batismo infantil, constituindo-se em igrejas independentes ou segregadas. A maior aportação à modernidade descansaria em sua persistente promoção da separação entre a igreja e o estado, a liberdade religiosa pessoal e o exercício de um governo plenamente democrático em suas congregações.
[editar] Pilares da Reforma ProtestanteSola scriptura (Somente a Escritura)
Afirma que somente a Bíblia é a única autoridade para todos os assuntos de fé e prática. As Escrituras e somente as Escrituras são o padrão pelo qual todos os ensinamentos e doutrinas da igreja devem ser medidos. Como Martinho Lutero afirmou quando a ele foi pedido para que voltasse atrás em seus ensinamentos: "Portanto, a menos que eu seja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que eu seja persuadido por meio das passagens que citei; a menos que assim submetam minha consciência pela Palavra de Deus, não posso retratar-me e não me retratarei, pois é perigoso a um cristão falar contra a consciência. Aqui permaneço, não posso fazer outra coisa; Deus queira ajudar-me. Amém." O protestantismo também defende a interpretação privada ou juízo privado dos textos bíblicos,[5] conceito exposto por Lutero em outubro de 1520, quando enviou seu escrito "A Liberdade de um Cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa "Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus". Disse Lutero também em outra ocasião que é "sempre melhor ver com um de nossos próprios olhos do que com os olhos de outras pessoas" ("always better to see with one's own eyes than with those of other people").[6] O historiador William Sweet sugeriu que isso posteriormente originou o direito fundamental de liberdade religiosa, bem como a própria ideia de democracia.[7]
Sola gratia (Somente a Graça ou Salvação Somente pela Graça)
Afirma que a salvação é pela graça de Deus apenas, e que nós somos resgatados de Sua ira apenas por Sua graça. A graça de Deus em Cristo não é meramente necessária, mas é a única causa eficiente da salvação. Esta graça é a obra sobrenatural do Espírito Santo que nos traz a Cristo por nos soltar da servidão do pecado e nos levantar da morte espiritual para a vida espiritual.
Sola fide (Somente a Fé ou Salvação Somente pela Fé)
Afirma que a justificação é pela graça somente, através da fé somente, por causa somente de Cristo. É pela fé em Cristo que Sua justiça é imputada a nós como a única satisfação possível da perfeita justiça de Deus.
Solus Christus (Somente Cristo)
Afirma que a salvação é encontrada somente em Cristo e que unicamente Sua vida sem pecado e expiação substitutiva são suficientes para nossa justificação e reconciliação com Deus o Pai. O evangelho não foi pregado se a obra substitutiva de Cristo não é declarada, e a fé em Cristo e Sua obra não é proposta.
Soli Deo gloria (Glória somente a Deus)
Afirma que a salvação é de Deus, e foi alcançada por Deus apenas para Sua glória.
[editar] Catolicismo e protestantismoAs diferenças entre a doutrina católica e a doutrina da maioria dos grupos protestantes é grande. Genericamente, as suas divergências mais significativas dizem respeito ao papel da oração e das indulgências;[8] à comunhão dos santos; à doutrina do pecado original e da graça; à predestinação; à necessidade e natureza da penitência; e ao modo de obter a salvação, com os protestantes a defenderem que a salvação só se atinge apenas através da fé (sola fide), em detrimento da crença católica de que a fé deve ser expressa também através das boas obras (essa grande divergência levou a um conflito sobre a doutrina da justificação).[8][9]
Há também diferenças importantes na doutrina da Eucaristia e dos outros sacramentos (os protestantes só professam o Batismo e a Eucaristia, que são apenas para eles meros sinais que estimulam a fé [9]); na existência do Purgatório; no culto de veneração à Virgem Maria e aos santos; na forma de interpretação (com os protestantes a defenderem a interpretação pessoal [10] ou livre-exame das Sagradas Escrituras) e na composição do Cânone das Escrituras; no papel da Tradição oral; na própria natureza, autoridade, administração, hierarquia e função da Igreja (incluindo o papel da Igreja na salvação); no sacerdócio; e também na autoridade e missão do Papa.[8][9]
Contudo, visto que entre as denominações protestantes há diferenças consideráveis,[10] de alguns setores do Anglicanismo, aproximam-se do catolicismo, autointitulando-se como anglo-católicos. Recentemente, o diálogo ecuménico moderno levou finalmente a alguns consensos sobre a doutrina da justificação entre os católicos e os luteranos, através da Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação (1999).[11] Além disso, esse diálogo trouxe também vários consensos sobre outras questões doutrinárias importantes, nomeadamente entre os católicos e os anglicanos.[12]
[editar] Movimentos e ramosVer artigo principal: Lista de denominações protestantes
[editar] Protestantismo no Brasil Ver página anexa: Anexo:Cronologia das igrejas evangélicas no Brasil
Jan Hus.[editar] Período colonial (1500-1808)[editar] Franceses na GuanabaraO protestantismo chegou ao Brasil pela primeira vez com viajantes e nas tentativas de colonização do Brasil por huguenotes (nome dado aos reformados franceses) e reformados holandeses e flamengos durante o período colonial. Esta tentativa não deixou frutos persistentes. Uma missão francesa enviada por João Calvino se estabeleceu, em 1557, numa das ilhas da Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. No mesmo ano, esses calvinistas franceses realizaram o primeiro culto protestante no Brasil e, de acordo com alguns, da própria América. Mas, pela predominância católica, foram obrigados a defender sua fé ante as autoridades, elaborando a Confissão de Fé de Guanabara, assinando, com isso, sua sentença de morte, pondo um fim no movimento.
[editar] Holandeses no NordestePor volta de 1630, durante o domínio holandês em Pernambuco, a Igreja Cristã Reformada (Igreja Protestante na Holanda) instalou-se no Brasil Foram fundadas 22 igrejas protestantes no Nordeste, sendo que a maior era a do Recife e contava, inclusive, com uma congregação inglesa e uma francesa. Esta se reunia no templo gálico, que tinha no conde Maurício de Nassau seu membro mais ilustre. Segundo o professor Alderi Souza de Matos, "As igrejas foram servidas por mais de 50 pastores (“predicantes”), além de pregadores auxiliares (“proponentes”) e outros oficiais. Havia também muitos “consoladores dos enfermos” e professores de escolas paroquiais".[13] A Igreja Cristã Reformada batizou índios, lutou por sua libertação e pretendia traduzir a Bíblia para o tupi e ordenar pastores indígenas. Esse período se encerrou com a guerra de Restauração portuguesa. Quando não houve mais condições de manter Recife, o Nordeste foi devolvido a Portugal. Terminava assim a missão cristã reformada, impossível sem a proteção de um país protestante.[14]
[editar] Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1808-1822)As primeiras igrejas chegaram ao Brasil quando, com a chegada da família real portuguesa para o Brasil, e a abertura dos portos a nações amigas por meio do Tratado de Comércio e Navegação, comerciantes ingleses estabeleceram a Igreja Anglicana no país, em 1811. Foi o período em que o Brasil foi elevado da categoria de colônia para ser um reino dentro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
[editar] Império Brasileiro (1822-1889)Seguiram a implantação de igrejas de imigração: alemães trouxeram o luteranismo em 1824.
Em 1855, Robert Reid Kalley, missionário autônomo escocês, fundou igrejas Congregacionais constituindo primeiro trabalho Protestante permanente em terras brasileiras. Mais tarde, em 1859, a igreja Presbiteriana foi fundada por Ashbel Green Simonton no Rio de Janeiro. Apesar de uma inicial desavença entre Kalley e Simonton, logo os dois passaram a cooperar. Quando Kalley precisou partir do Brasil, providenciou a formação de pastores brasileiros em um Seminário da Inglaterra (a Escola de Pastores do Rev. Charles Spurgeon) e, providenciou também que outro missionário independente, o batista Salomão Ginsburg, fosse enviado para cá.
Em 1871, o primeiro grupo batista se estabeleceu em Santa Bárbara d'Oeste, no Estado de São Paulo, trazida por missionários americanos. Em 1907 fundava-se a Convenção Batista Brasileira.
[editar] Período Republicano (Desde 1889)Em 1910, o Brasil receberia o pentecostalismo, com a chegada da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus. Esta, em particular, foi trazida ao Brasil por dois missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, e estabeleceu-se inicialmente no norte, no Pará. Em 1922, chega ao país o Exército de Salvação, igreja reformada de origem inglesa, pelas mãos de David Miche e esposa, um casal de missionários suíços.
Robert Reid Kalley.Em 1932, alguns ministros brasileiros da Assembléia de Deus devolveram voluntariamente suas credenciais de obreiros e organizaram Igreja de Cristo no Brasil em Mossoró.
Nos anos 1950 surge uma nova onda do pentecostalismo, com a influência de movimentos de cura divina e expulsão de demônios que geraram diferentes denominações: A primeira delas a ser fundada em solo brasileiro foi a Igreja do Evangelho Quadrangular (inicialmente fundada com o nome Igreja Evangélica do Brasil) em 15 de novembro de 1951, na cidade paulista de São João da Boa Vista, trazida pelos missionários Harold Edwin Williams e Jesus Hermírio Vaquez Ramos, que se instalaram inicialmente na cidade mineira de Poços de Caldas. Por influência desta, muitas outras surgiram tais como: Igreja Pentecostal O Brasil para Cristo fundada pelo já falecido missionário Manoel de Mello, que pertenceu ao ministério Quadrangular. Em 1962 surge a Igreja Pentecostal Deus é Amor, fundada pelo missionário David Miranda.
Também nesta época várias igrejas protestantes que eram tradicionais adicionaram o fervor pentecostal, como exemplos, a Igreja Presbiteriana Renovada, a Igreja Cristã Maranata, a Convenção Batista Nacional. A Igreja Cristã Maranata foi fundada em Outubro de 1968 no morro do Jaburuna em Vila Velha, Espírito Santo por quatro antigos membros da Igreja Presbiteriana do Centro de Vila Velha.
A década de 1970 viu nascer o movimento neopentecostal, com igrejas que enfatizam a prosperidade, como a Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo, em 1977; a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada por Romildo Ribeiro Soares, entre muitas outras. É também nessa década que mesmo a Igreja Católica no Brasil começa a sofrer influência dos movimentos pentecostais através da Renovação Carismática Católica, um movimento originário dos EUA.
Recentemente cresceram as chamadas igrejas neopentecostais com foco nas classes média e alta, com um discurso mais liberado quanto aos costumes e menos ênfase nas manifestações pentecostais. Entre elas as igrejas podemos citar a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada por Estevam e Sonia Hernandez, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, fundada por Robson Rodovalho e a Igreja Evangélica Cristo Vive, fundada por Miguel Ângelo. Seus fiéis costumam se identificar como "evangélicos"[15], em referência aos reformados do século XVI.
Segundo pesquisa do Datafolha divulgada em março de 2010, 25% dos brasileiros são evangélicos, sendo 19% seguidores de denominações pentecostais[16].
[editar] Protestantismo na América LatinaOs principais grupos protestantes começaram a se estabelecer na América do Sul no século XIX. Os presbiterianos se instalaram “na Argentina em 1836, no Brasil em 1859, no México em 1872, e na Guatemala em 1882. Os metodistas seguem um itinerário parecido: México 1871, Brasil 1886, Antilhas 1890, Costa Rica, Panamá e Bolívia nos últimos anos do século”; porém no Equador, Colômbia e Peru se estabeleceram os batistas e os pentecostais, assim como uma parte dos metodistas.
Atualmente as comunidades protestantes vêm ganhando terreno do catolicismo na América Latina e ampliando sua penetração em diversos países, em especial na América Central.
Lugar País População Protestante % de Protestantes
1 Brasil[17] 27.900.000 15,0%
2 Venezuela[18] 7.888.000 29,0%
3 México[19] 5.350.000 5,0%
4 Guatemala[20] 5.080.000 40,0%
5 Argentina[21] 3.330.000 9,0%
6 Peru[22] 2.992.000 11,0%
7 Chile[23] 2.650.000 15,4%
8 Honduras[24] 1.750.000 25,0%
9 Nicarágua[25] 1.650.000 30,0%
10 Bolívia[26] 1.440.000 16,0%
[editar] Protestantismo no mundo Ver página anexa: Anexo:Protestantes por país
Há quase 970 milhões de Protestantes no mundo,[27] entre cerca de 2,6 bilhões de cristãos.[28][29] Isto inclui 170 milhões na América do Norte, 160 milhões na África, 120 milhões na Europa, 70 milhões na América Latina, 60 milhões na Ásia, e 10 milhões na Oceania.
O país com maior número de protestantes é os Estados Unidos, de onde apesar da diminuição do "WASP", tradicionalmente contra a outros grupos (especialmente os hispânicos, de maioria católica), a maior parte dos estadunidenses pertenece a alguma confissão protestante. Em segundo lugar se encontra o Reino Unido, de clara maioria protestante, divididos entre anglicanos (maioria na Inglaterra) e a Igreja da Escócia, de confissão presbiteriana (maioria na Escócia).
Lugar País População Protestante % de Protestantes
1 Estados Unidos 162.653.774 55,0%
2 Reino Unido 44.726.678 74,0%
3 Nigéria[30] 34.100.000 23,0%
4 Alemanha[31] 31.300.000 38,0%
5 África do Sul[32] 30.000.000 62,0%
6 Brasil[33] 27.900.000 15,0%
7 China 15.675.766 1,2%
8 Indonésia[34] 14.460.000 6.0%
9 Quênia[35] 12.855.244 38,0%
10 República Democrática do Congo[36] 12.017.001 20,0%
[editar] Movimentos teológicos de origem protestantesPuritanismo
Pietismo
Evangelicalismo
Ecumenismo
Fundamentalismo cristão
Pentecostalismo
Neo-ortodoxia
Liberalismo teológico
[editar] Criticas e ControvérsiasVer artigo principal: Controvérsias no Protestantismo
Referências1.↑ Encyclopædia Britannica. 2010.. Encyclopædia Britannica Online. Página visitada em 15 Nov. 2010..
2.↑ Online Etymology Dictionary. Etymonline.com. Página visitada em 2010-11-19.
3.↑ Concise Oxford English Dictionary, 11th edition Article 52364.(http://www.diclib.com/[1])
4.↑ dictionary.reference.com(http://dictionary.reference.com/browse/protestant)
5.↑ Christ Church (Reformed Presbyterian Church of North America). Private Interpretation (em inglês). Página visitada em 16 de outubro de 2009.
6.↑ Hugh T. Kerr, A Compend of Luther's Theology, p. 16.
7.↑ SWEET, William Warren. American Culture and Religion. Six Essays. Dallas: Southern Methodist University Press, 1951, p. 36.
8.↑ a b c O que é o Protestantismo, suas incoerências e o falso conceito de ecumenismo. Frente Universitária Lepanto. Página visitada em 4 de Junho de 2009. Nota: ver as frases a bolde (destacadas)
9.↑ a b c Princípios gerais (protestantes). Hieros. Página visitada em 4 de Junho de 2009.
10.↑ a b Protestantismo. Hieros. Página visitada em 4 de Junho de 2009.
11.↑ CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A PROMOÇÃO DA UNIDADE DOS CRISTÃOS e FEDERAÇÃO LUTERANA MUNDIAL (1999). Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação. Santa Sé. Página visitada em 4 de Junho de 2009.
12.↑ CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A PROMOÇÃO DA UNIDADE DOS CRISTÃOS (2007). Growing Together in Unity and Mission: Building on 40 years of Anglican – Roman Catholic Dialogue (em inglês). Santa Sé. Página visitada em 4 de Junho de 2009.
13.↑ http://www.mackenzie.br/6994.html?&L=0
14.↑ http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/indios_protestantes_no_brasil_holandes_2.html
15.↑ BETTENCOURT, Estêvão. Crenças, religiões, igrejas e seitas: quem são? p. 20 (em português). Página visitada em 09 de março de 2010.
16.↑ Folha de S.Paulo. (26 de abril de 2010). Segundo o datafolha, 25% dos brasileiros são evangélicos
17.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
18.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
19.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
20.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
21.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
22.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
23.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
24.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
25.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
26.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
27.↑ Jay Diamond, Larry. Plattner, Marc F. and Costopoulos, Philip J. World Religions and Democracy. 2005, page 119.( também em arquivo PDF, p49), diz "Os protestantes não só atualmente constituem 33 por cento da população mundial — cerca de 800 milhões de pessoas — mas desde 1900 o Protestantismo tem crescido rapidamente na África, Ásia, e América Latina."
28.↑ "entre 1,250 e 1,750 milhões de aderentes, dependendo do critério empregado": McGrath, Alister E. Christianity: An Introduction. 2006, page xv1.
29.↑ "2.1 thousand million Christians": Hinnells, John R. The Routledge Companion to the Study of Religion. 2005, page 441.
30.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
31.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
32.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
33.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
34.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
35.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
36.↑ L'atlas des religions, Le Monde, 2007
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