Publicado por Marcelo Todaro e arquivado em Diário pessoal
link: http://marcelotodaro.info/?p=192
Uma palavra aos gays
Antes de mais nada, gostaria de lhes deixar claro o seguinte:
Não os odeio nem tenho qualquer preconceito contra vocês!
Do contrário, estaria demonstrando não ter aprendido nada nas quase três décadas em que sou membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
O Evangelho de Jesus Cristo nos ensina a amar nossos semelhantes. Não me seria possível obedecer esse mandamento e, ao mesmo tempo, ter preconceito contra os gays. Seria incoerência e hipocrisia. Preconceito é sintoma de falta de amor e de vivência do Evangelho. Não é meu caso.
Isto posto, quero que saibam que meu propósito com este artigo é usufruir do mesmo direito à liberdade de expressão do qual vocês usufruem ao levantar suas bandeiras coloridas nas espalhafatosas paradas gays ao redor do mundo. Como tenho esse direito tanto quanto vocês, não me condenem por dizer o que penso. Não fazem vocês também o mesmo?
Se quiserem entender meu ponto de vista, por favor, leiam este artigo até o fim.
Deus não criou três sexos
Repare nos animais na Natureza, homem inclusive. Salvo raras exceções (os seres hermafroditas, por exemplo), a anatomia favorece a cópula apenas entre macho e fêmea. Os órgãos sexuais de ambos foram desenvolvidos para funcionar um com o outro. Não é o caso do que acontece entre dois machos e muito menos entre duas fêmeas. Esse fator por si só já é um forte indício de que nunca foi intenção do Criador que houvessem relações homossexuais ou homoafetivas. Essa conclusão inclusive é referendada por estudiosos que concluíram que ninguém nasce gay, como o sociólogo americano John Gagnon, professor emérito da Universidade do Estado de Nova York, um dos pioneiros no estudo sobre sexo e que já publicou 12 livros e 100 artigos científicos sobre o assunto (leia entrevista dele publicada pela revista Época em 8 de maio de 2006).
Mas então por que o homossexualismo existe? Não sabemos, e talvez não venhamos a saber nesta vida, como disse o Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no artigo Ajudar Os Que Lutam Contra a Atração pelo Mesmo Sexo publicado na revista A Liahona de outubro de 2007 (versão em PDF da revista pode ser baixada aqui). Só o que sabemos é que Deus não criou três sexos, e sim dois. Isso é tudo o que me limitarei a dizer.
O motivo pelo qual sou contra o casamento gay é puramente espiritual. Diz respeito ao conhecimento que tenho do que foi dito pelo Senhor Jesus Cristo nas escrituras, antigas e modernas, e no que Ele continua dizendo com Sua própria boca e voz (literalmente) hoje em dia.
O primeiro casamento
Creio firmemente ser verdadeiro o relato bíblico do Jardim do Éden e de Adão e Eva. Segundo esse relato, Adão e Eva foram dados por Deus em casamento um ao outro (veja Gênesis 2:18–25; Moisés 3:18–25; Abraão 5:14–21). Ali foi estabelecido o padrão Dele de casamento: homem com mulher. Em lugar algum das Escrituras (antigas ou modernas) lemos que em alguma época Ele tenha dado dois homens ou duas mulheres em casamento. Não há evidência escriturística alguma de que Ele aprova esse tipo de união (mas há várias evidências em contrário: Lev. 18:22; 20:13; Deut. 23:17; Isa. 3:9; Rom. 1:27; I Cor. 6:9–10; I Tim. 1:9–10; Jud. 1:7).
Como até então Adão e Eva eram imortais, esse casamento deveria durar para sempre. Foi nessa condição que receberam de Deus o mandamento de crescer, multiplicar e encher a Terra. Mesmo depois da introdução da morte no mundo em virtude da Queda de Adão, o modelo de casamento eterno dado por Deus permaneceu em vigor. Ele determinou que, mediante a obediência às leis e ordenanças do Evangelho, a perpetuação do relacionamento familiar mesmo após a morte se tornaria possível.
Aqueles que se dispõem a moldar suas vidas conforme o modelo estabelecido pelo Evangelho têm, dentre muitas gloriosas promessas, a de que seus relacionamentos familiares não precisam terminar com a morte do corpo físico. Isso significa que, quando marido e mulher que se amam fazem convênios especiais com Deus, seu casamento poderá durar para além desta vida, e não só “até que a morte os separe”. Esses convênios não podem ser feitos entre dois homens ou duas mulheres.
Os filhos nascidos sob esse convênio podem ser unidos aos pais também pela eternidade, de modo que os laços familiares não serão quebrados caso cada indivído mantenha-se fiel até o fim aos convênios feitos com Deus. Isso significa que os pais podem ter seus filhos pela eternidade, e estes os deles, e assim por diante, se cada qual fizer sua parte.
Creio que todos os que lêem este artigo devem amar seus filhos (caso os tenham) e seus pais. Então, que tal tê-los como seus filhos e pais pela eternidade? Ou que tal ter a pessoa amada a seu lado também pela eternidade? Se você responder que isso seria bom, então saiba que, para ser possível receber de Deus tal bênção, é preciso fazer as coisas à maneira Dele. E a maneira Dele não prevê a união entre pessoas do mesmo sexo.
O mandamento dado por Ele a Seus filhos para que se multiplicassem e enchessem a Terra continua em vigor. Homossexuais não podem desfrutar desse privilégio e, portanto, perdem bênçãos.
Além disso, Deus ordenou que os poderes sagrados de procriação sejam empregados somente entre homem e mulher, legalmente casados.
A família, segundo o padrão estabelecido no Jardim do Éden, foi ordenada por Deus. O casamento entre o homem e a mulher é essencial para Seu plano eterno. Os filhos têm o direito de nascer dentro dos laços do matrimônio e de ser criados por pai e mãe que honrem os votos matrimoniais com total fidelidade. A felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo — os quais não prevêem a opção do casamento gay.
A união civil homossexual, qualquer que seja seu propósito, quebra o modelo familiar de Deus. Gays e lésbicas que desejam ter filhos continuarão dependendo de quem possa fazer o que eles e elas não querem: gerar filhos. Querem ter filhos, mas não querem gerá-los. Não parece insensato e contraditório?
“Mas o que você tem a ver com isso?”
Você pode argumentar que, apesar de todas essas advertências, é seu direito optar pelo que melhor lhe convier. Está correto. Nunca poderei interferir em seu livre arbítrio, como nosso Pai também não interfere.
Mas isso não me impede de me importar e me incomodar com as escolhas que você fizer por dois motivos:
1.Eu sinceramente desejo, do fundo de meu coração, que meus irmãos e irmãs homossexuais sejam herdeiros das mesmas bênçãos e promessas que me empenho em conquistar. Se o casamento gay for legalizado e eles se atrelarem a mais essa prática, ficará ainda mais difícil para eles conquistar essas bênçãos. Não lhes desejo isso.
2.Também não desejo que a sociedade encare como normal e legal (mais) essa violação da lei de Deus. Às vezes me pergunto que critérios a sociedade usa para decidir qual dessas violações deverá tornar-se legal só porque uma minoria assim o quer (“minoria” não no sentido pejorativo, por favor!). Tome como exemplo o caso de um casal de irmãos com quatro filhos que luta para legalizar o incesto. Se a moda pega, daqui a pouco outras minorias — pedófilos, adúlteros, homicidas, traficantes de drogas/crianças/mulheres/órgãos humanos, contrabandistas, sonegadores de impostos, fanáticos religiosos… — vão querer que as leis sejam mudadas em favor de seus interesses. Tanto é verdade que isso já está acontecendo na Holanda, país que legalizou o casamento gay: sob a égide do jargão gay de que “qualquer forma de amor é válida” e reivindicando liberdade e diversidade, alguns holandeses fundaram um partido que pretende legalizar a pedofilia e a pornografia infantil, que, segundo eles, é somente mais uma forma de expressão de amor. Na opinião deles, as crianças também “amam” e a sexualidade delas foi reprimida pelos padrões e regras da sociedade, dos quais pretendem libertar as crianças. Não foi sob o mesmíssimo argumento da “liberdade e diversidade” que começou a história do casamento gay? Por que os gays podem e os pedófilos não, sendo que a violação aos mandamentos de Deus é a mesma? Dois pesos e duas medidas? (Não adianta contra-argumentar dizendo que os pedófilos são doentes. Tanto quanto os gays, os pedófilos não se acham doentes e, portanto, sentem-se igualmente no direito de lutar por seus “direitos”.)
Repudio veementemente o conceito geralmente aceito pela sociedade para justificar o casamento gay de que o amor é o que vale. Tenta-se até usar Deus nessa justificativa com o fragilíssimo argumento de que “Deus é amor”. É verdade que Ele é amor, mas também é verdade que Ele não é contra Seus próprios princípios. Sua misericórdia jamais suplantará Sua justiça. O amor, por si só, está bem longe de ser suficiente como justificativa para o casamento entre iguais pelo ponto de vista de Deus. Se assim não fosse, que problema haveria em legalizar o incesto e a pedofilia dos exemplos acima?
Até quando a sociedade vai achar que pode ignorar o que Deus REALMENTE pensa a respeito (e não o que ela quer ou espera que Ele pense) sem sofrer as conseqüências disso?
Como eu disse mais acima, a felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo — os quais não prevêem a opção do casamento gay.
Se, apesar de tudo, os homossexuais quiserem continuar unindo-se num tipo de matrimônio diferente do estabelecido por Ele, têm a liberdade de desejá-lo. Mas não podem esperar que Deus os abençôe. Se acham que podem viver sem isso, são livres para tentar. Mas não deve ser difícil imaginar que uma vida destituída das bênçãos e do favor de nosso Pai Celestial deve ser uma vida que, quando comparada à que poderiam ter, é vazia, com alegrias efêmeras, conquistas temporárias e recompensas que não satisfazem mais do que por um momento de sua existência mortal.
Queridos irmãos e irmãs homossexuais, a vida não precisa ser assim!
Além do mais, apelar para o caráter supostamente laico do Estado a fim de exigir a legalização do casamento gay poderá surtir efeito imediato, mas não permanente. Isso por um motivo bem simples: daqui a algum tempo o mundo será governado por uma teocracia. Isso ocorrerá quando o Salvador Jesus Cristo retornar para governar pessoalmente. Quando isso acontecer, tudo que não estiver de acordo com Suas leis será eliminado — o que inclui casamentos gays. Esse tipo de união sempre esteve e continua condenada à extinção. Portanto, para quê começar agora o que terá que ser desfeito depois?
Mais uma vez: não me censurem por dizer o que penso. Não sou seu inimigo, portanto não há razão para que sejam de mim. Devo-lhes amor, o mesmo que o Senhor nos ordenou ter uns pelos outros. É justamente por isso que lhes deixo o conselho de voltarem-se para Ele para que desfrutem das bênçãos de uma vida vivida sob os preceitos de Seu Evangelho. Só assim é que terão alegria e felicidade duradouras, e não passageiras. Isso é o que lhes desejo de todo coração.
Uma palavra aos demais
Se pararmos para pensar, fora do Evangelho de Jesus Cristo realmente não há motivos convincentes para nos opormos ao casamento gay. Não fosse pelo Evangelho, muito provavelmente eu também estaria levantando uma bandeira a favor da causa gay e teria ido ao programa da Luciana Gimenez para aplaudi-los. É justamente isso o que faz quem desconhece o Evangelho (se conhece, não o entende; se entende, não o vive). Por isso, todo o barulho feito pela comunidade gay acaba ocupando dentro das pessoas o espaço que deveria estar preenchido pelo Evangelho. Eis porquê a ideologia gay conquista mais e mais a simpatia da sociedade.
Nos bastidores do Superpop, a gerente de produção me contou que são muitos os contrários ao casamento gay (inclusive dentre os próprios gays!!!) e que vários representantes dessa corrente foram convidados a participar do programa junto comigo para expôr suas idéias. Mas fui o ÚNICO que teve a coragem de mostrar a cara.
Por que o restante se acovardou?
Não sei. Uma possível causa é a apontada pelo Élder Holland no artigo mencionado mais acima. Ele diz: “(…) é da natureza humana que as pessoas, quando se deparam com uma situação complexa, tendam a evitá-la. Isso é verdade, particularmente quanto à atração pelo mesmo sexo. Temos tão poucas informações confiáveis a respeito disso que os que desejam ajudar sentem-se um tanto inseguros.”
Não evitei e não evito a situação por um motivo bem simples: a vivência do Evangelho traz-me segurança, paz e confiança para enfrentar os desafios da vida. Quem não deve, não teme. Não tenho medo de dizer que o casamento gay — e o próprio homossexualismo em si — é contrário aos mandamentos de Deus e, portanto, pecado. Não fui eu quem quis que fosse assim. Se há quem acha que alguém deve ser responsabilizado por isso, deverá responsabilizar o próprio Deus (caso tenha essa audácia), não a mim. Eis porquê senti-me tremendamente à vontade diante das câmeras em rede nacional ao vivo para expôr a todo o país meus motivos para ser contra o casamento gay.
Mesmo que os contrários não compreendam muito bem os motivos que os levam a sentir que a união entre pessoas do mesmo sexo é um erro, é improvável que consigam algo pelo qual não se manifestam. Portanto, qualquer que seja seu motivo, se você acha que o casamento gay é um erro que deve ser evitado a todo custo…
…então mexa-se!
Que nossa voz também seja ouvida. Não defendo uma abordagem agressiva como a deles, com espalhafato, ousadia e ameaças. Devemos, contudo, sincera e honestamente, fazer chegar a quem de direito nossa voz. Falemos aos que elaboram as leis, aos que governam a nível local, estadual e nacional, aos administradores de escolas e a todos os formadores de opinião em qualquer esfera.
Lembremo-nos, principalmente, dos políticos. São eles, no final, os responsáveis por aprovar tudo o que vira lei. Mandemos-lhes cartas, faxes, e-mails, expressando-lhes nossa vontade e lembrando-os de que não terão nosso voto se não nos ouvirem. O voto ainda é nossa melhor arma, já que o Estado se declara laico (apenas quando lhe convém) e argumentos baseados em religião não são tão eficazes quanto deveriam — este é um caso que demonstra porquê o caráter supostamente laico do Estado pode ser uma maldição ao invés de bênção e porquê nenhum Estado será laico quando Cristo voltar.
Se desejar algo em que se inspirar nessa batalha, recomendo a leitura do artigo “Oposição ao mal”, de Gordon B. Hinckley, que se encontra na edição de setembro de 2004 da revista A Liahona, que pode ser baixada em versão PDF aqui.
Este artigo representa um pequeno esforço no sentido de cumprir a admoestação do Pres. Hinckley. Se você tem bons argumentos adicionais contra o casamento gay e desejar contribuir com meu esforço, não deixe de expressar seus pensamentos na área reservada a comentários, abaixo. Obrigado.
Nota: você tem todo direito de discordar de mim e manifestar essa discordância nos comentários abaixo. Mas se vier com agressividade, insultos, provocações, ironias e coisas de igual nível, seu comentário será sumariamente apagado. Se quer discordar, faça-o com educação e respeito.
link: http://marcelotodaro.info/?p=192
Uma palavra aos gays
Antes de mais nada, gostaria de lhes deixar claro o seguinte:
Não os odeio nem tenho qualquer preconceito contra vocês!
Do contrário, estaria demonstrando não ter aprendido nada nas quase três décadas em que sou membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
O Evangelho de Jesus Cristo nos ensina a amar nossos semelhantes. Não me seria possível obedecer esse mandamento e, ao mesmo tempo, ter preconceito contra os gays. Seria incoerência e hipocrisia. Preconceito é sintoma de falta de amor e de vivência do Evangelho. Não é meu caso.
Isto posto, quero que saibam que meu propósito com este artigo é usufruir do mesmo direito à liberdade de expressão do qual vocês usufruem ao levantar suas bandeiras coloridas nas espalhafatosas paradas gays ao redor do mundo. Como tenho esse direito tanto quanto vocês, não me condenem por dizer o que penso. Não fazem vocês também o mesmo?
Se quiserem entender meu ponto de vista, por favor, leiam este artigo até o fim.
Deus não criou três sexos
Repare nos animais na Natureza, homem inclusive. Salvo raras exceções (os seres hermafroditas, por exemplo), a anatomia favorece a cópula apenas entre macho e fêmea. Os órgãos sexuais de ambos foram desenvolvidos para funcionar um com o outro. Não é o caso do que acontece entre dois machos e muito menos entre duas fêmeas. Esse fator por si só já é um forte indício de que nunca foi intenção do Criador que houvessem relações homossexuais ou homoafetivas. Essa conclusão inclusive é referendada por estudiosos que concluíram que ninguém nasce gay, como o sociólogo americano John Gagnon, professor emérito da Universidade do Estado de Nova York, um dos pioneiros no estudo sobre sexo e que já publicou 12 livros e 100 artigos científicos sobre o assunto (leia entrevista dele publicada pela revista Época em 8 de maio de 2006).
Mas então por que o homossexualismo existe? Não sabemos, e talvez não venhamos a saber nesta vida, como disse o Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no artigo Ajudar Os Que Lutam Contra a Atração pelo Mesmo Sexo publicado na revista A Liahona de outubro de 2007 (versão em PDF da revista pode ser baixada aqui). Só o que sabemos é que Deus não criou três sexos, e sim dois. Isso é tudo o que me limitarei a dizer.
O motivo pelo qual sou contra o casamento gay é puramente espiritual. Diz respeito ao conhecimento que tenho do que foi dito pelo Senhor Jesus Cristo nas escrituras, antigas e modernas, e no que Ele continua dizendo com Sua própria boca e voz (literalmente) hoje em dia.
O primeiro casamento
Creio firmemente ser verdadeiro o relato bíblico do Jardim do Éden e de Adão e Eva. Segundo esse relato, Adão e Eva foram dados por Deus em casamento um ao outro (veja Gênesis 2:18–25; Moisés 3:18–25; Abraão 5:14–21). Ali foi estabelecido o padrão Dele de casamento: homem com mulher. Em lugar algum das Escrituras (antigas ou modernas) lemos que em alguma época Ele tenha dado dois homens ou duas mulheres em casamento. Não há evidência escriturística alguma de que Ele aprova esse tipo de união (mas há várias evidências em contrário: Lev. 18:22; 20:13; Deut. 23:17; Isa. 3:9; Rom. 1:27; I Cor. 6:9–10; I Tim. 1:9–10; Jud. 1:7).
Como até então Adão e Eva eram imortais, esse casamento deveria durar para sempre. Foi nessa condição que receberam de Deus o mandamento de crescer, multiplicar e encher a Terra. Mesmo depois da introdução da morte no mundo em virtude da Queda de Adão, o modelo de casamento eterno dado por Deus permaneceu em vigor. Ele determinou que, mediante a obediência às leis e ordenanças do Evangelho, a perpetuação do relacionamento familiar mesmo após a morte se tornaria possível.
Aqueles que se dispõem a moldar suas vidas conforme o modelo estabelecido pelo Evangelho têm, dentre muitas gloriosas promessas, a de que seus relacionamentos familiares não precisam terminar com a morte do corpo físico. Isso significa que, quando marido e mulher que se amam fazem convênios especiais com Deus, seu casamento poderá durar para além desta vida, e não só “até que a morte os separe”. Esses convênios não podem ser feitos entre dois homens ou duas mulheres.
Os filhos nascidos sob esse convênio podem ser unidos aos pais também pela eternidade, de modo que os laços familiares não serão quebrados caso cada indivído mantenha-se fiel até o fim aos convênios feitos com Deus. Isso significa que os pais podem ter seus filhos pela eternidade, e estes os deles, e assim por diante, se cada qual fizer sua parte.
Creio que todos os que lêem este artigo devem amar seus filhos (caso os tenham) e seus pais. Então, que tal tê-los como seus filhos e pais pela eternidade? Ou que tal ter a pessoa amada a seu lado também pela eternidade? Se você responder que isso seria bom, então saiba que, para ser possível receber de Deus tal bênção, é preciso fazer as coisas à maneira Dele. E a maneira Dele não prevê a união entre pessoas do mesmo sexo.
O mandamento dado por Ele a Seus filhos para que se multiplicassem e enchessem a Terra continua em vigor. Homossexuais não podem desfrutar desse privilégio e, portanto, perdem bênçãos.
Além disso, Deus ordenou que os poderes sagrados de procriação sejam empregados somente entre homem e mulher, legalmente casados.
A família, segundo o padrão estabelecido no Jardim do Éden, foi ordenada por Deus. O casamento entre o homem e a mulher é essencial para Seu plano eterno. Os filhos têm o direito de nascer dentro dos laços do matrimônio e de ser criados por pai e mãe que honrem os votos matrimoniais com total fidelidade. A felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo — os quais não prevêem a opção do casamento gay.
A união civil homossexual, qualquer que seja seu propósito, quebra o modelo familiar de Deus. Gays e lésbicas que desejam ter filhos continuarão dependendo de quem possa fazer o que eles e elas não querem: gerar filhos. Querem ter filhos, mas não querem gerá-los. Não parece insensato e contraditório?
“Mas o que você tem a ver com isso?”
Você pode argumentar que, apesar de todas essas advertências, é seu direito optar pelo que melhor lhe convier. Está correto. Nunca poderei interferir em seu livre arbítrio, como nosso Pai também não interfere.
Mas isso não me impede de me importar e me incomodar com as escolhas que você fizer por dois motivos:
1.Eu sinceramente desejo, do fundo de meu coração, que meus irmãos e irmãs homossexuais sejam herdeiros das mesmas bênçãos e promessas que me empenho em conquistar. Se o casamento gay for legalizado e eles se atrelarem a mais essa prática, ficará ainda mais difícil para eles conquistar essas bênçãos. Não lhes desejo isso.
2.Também não desejo que a sociedade encare como normal e legal (mais) essa violação da lei de Deus. Às vezes me pergunto que critérios a sociedade usa para decidir qual dessas violações deverá tornar-se legal só porque uma minoria assim o quer (“minoria” não no sentido pejorativo, por favor!). Tome como exemplo o caso de um casal de irmãos com quatro filhos que luta para legalizar o incesto. Se a moda pega, daqui a pouco outras minorias — pedófilos, adúlteros, homicidas, traficantes de drogas/crianças/mulheres/órgãos humanos, contrabandistas, sonegadores de impostos, fanáticos religiosos… — vão querer que as leis sejam mudadas em favor de seus interesses. Tanto é verdade que isso já está acontecendo na Holanda, país que legalizou o casamento gay: sob a égide do jargão gay de que “qualquer forma de amor é válida” e reivindicando liberdade e diversidade, alguns holandeses fundaram um partido que pretende legalizar a pedofilia e a pornografia infantil, que, segundo eles, é somente mais uma forma de expressão de amor. Na opinião deles, as crianças também “amam” e a sexualidade delas foi reprimida pelos padrões e regras da sociedade, dos quais pretendem libertar as crianças. Não foi sob o mesmíssimo argumento da “liberdade e diversidade” que começou a história do casamento gay? Por que os gays podem e os pedófilos não, sendo que a violação aos mandamentos de Deus é a mesma? Dois pesos e duas medidas? (Não adianta contra-argumentar dizendo que os pedófilos são doentes. Tanto quanto os gays, os pedófilos não se acham doentes e, portanto, sentem-se igualmente no direito de lutar por seus “direitos”.)
Repudio veementemente o conceito geralmente aceito pela sociedade para justificar o casamento gay de que o amor é o que vale. Tenta-se até usar Deus nessa justificativa com o fragilíssimo argumento de que “Deus é amor”. É verdade que Ele é amor, mas também é verdade que Ele não é contra Seus próprios princípios. Sua misericórdia jamais suplantará Sua justiça. O amor, por si só, está bem longe de ser suficiente como justificativa para o casamento entre iguais pelo ponto de vista de Deus. Se assim não fosse, que problema haveria em legalizar o incesto e a pedofilia dos exemplos acima?
Até quando a sociedade vai achar que pode ignorar o que Deus REALMENTE pensa a respeito (e não o que ela quer ou espera que Ele pense) sem sofrer as conseqüências disso?
Como eu disse mais acima, a felicidade na vida familiar é mais provável de ser alcançada quando fundamentada nos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo — os quais não prevêem a opção do casamento gay.
Se, apesar de tudo, os homossexuais quiserem continuar unindo-se num tipo de matrimônio diferente do estabelecido por Ele, têm a liberdade de desejá-lo. Mas não podem esperar que Deus os abençôe. Se acham que podem viver sem isso, são livres para tentar. Mas não deve ser difícil imaginar que uma vida destituída das bênçãos e do favor de nosso Pai Celestial deve ser uma vida que, quando comparada à que poderiam ter, é vazia, com alegrias efêmeras, conquistas temporárias e recompensas que não satisfazem mais do que por um momento de sua existência mortal.
Queridos irmãos e irmãs homossexuais, a vida não precisa ser assim!
Além do mais, apelar para o caráter supostamente laico do Estado a fim de exigir a legalização do casamento gay poderá surtir efeito imediato, mas não permanente. Isso por um motivo bem simples: daqui a algum tempo o mundo será governado por uma teocracia. Isso ocorrerá quando o Salvador Jesus Cristo retornar para governar pessoalmente. Quando isso acontecer, tudo que não estiver de acordo com Suas leis será eliminado — o que inclui casamentos gays. Esse tipo de união sempre esteve e continua condenada à extinção. Portanto, para quê começar agora o que terá que ser desfeito depois?
Mais uma vez: não me censurem por dizer o que penso. Não sou seu inimigo, portanto não há razão para que sejam de mim. Devo-lhes amor, o mesmo que o Senhor nos ordenou ter uns pelos outros. É justamente por isso que lhes deixo o conselho de voltarem-se para Ele para que desfrutem das bênçãos de uma vida vivida sob os preceitos de Seu Evangelho. Só assim é que terão alegria e felicidade duradouras, e não passageiras. Isso é o que lhes desejo de todo coração.
Uma palavra aos demais
Se pararmos para pensar, fora do Evangelho de Jesus Cristo realmente não há motivos convincentes para nos opormos ao casamento gay. Não fosse pelo Evangelho, muito provavelmente eu também estaria levantando uma bandeira a favor da causa gay e teria ido ao programa da Luciana Gimenez para aplaudi-los. É justamente isso o que faz quem desconhece o Evangelho (se conhece, não o entende; se entende, não o vive). Por isso, todo o barulho feito pela comunidade gay acaba ocupando dentro das pessoas o espaço que deveria estar preenchido pelo Evangelho. Eis porquê a ideologia gay conquista mais e mais a simpatia da sociedade.
Nos bastidores do Superpop, a gerente de produção me contou que são muitos os contrários ao casamento gay (inclusive dentre os próprios gays!!!) e que vários representantes dessa corrente foram convidados a participar do programa junto comigo para expôr suas idéias. Mas fui o ÚNICO que teve a coragem de mostrar a cara.
Por que o restante se acovardou?
Não sei. Uma possível causa é a apontada pelo Élder Holland no artigo mencionado mais acima. Ele diz: “(…) é da natureza humana que as pessoas, quando se deparam com uma situação complexa, tendam a evitá-la. Isso é verdade, particularmente quanto à atração pelo mesmo sexo. Temos tão poucas informações confiáveis a respeito disso que os que desejam ajudar sentem-se um tanto inseguros.”
Não evitei e não evito a situação por um motivo bem simples: a vivência do Evangelho traz-me segurança, paz e confiança para enfrentar os desafios da vida. Quem não deve, não teme. Não tenho medo de dizer que o casamento gay — e o próprio homossexualismo em si — é contrário aos mandamentos de Deus e, portanto, pecado. Não fui eu quem quis que fosse assim. Se há quem acha que alguém deve ser responsabilizado por isso, deverá responsabilizar o próprio Deus (caso tenha essa audácia), não a mim. Eis porquê senti-me tremendamente à vontade diante das câmeras em rede nacional ao vivo para expôr a todo o país meus motivos para ser contra o casamento gay.
Mesmo que os contrários não compreendam muito bem os motivos que os levam a sentir que a união entre pessoas do mesmo sexo é um erro, é improvável que consigam algo pelo qual não se manifestam. Portanto, qualquer que seja seu motivo, se você acha que o casamento gay é um erro que deve ser evitado a todo custo…
…então mexa-se!
Que nossa voz também seja ouvida. Não defendo uma abordagem agressiva como a deles, com espalhafato, ousadia e ameaças. Devemos, contudo, sincera e honestamente, fazer chegar a quem de direito nossa voz. Falemos aos que elaboram as leis, aos que governam a nível local, estadual e nacional, aos administradores de escolas e a todos os formadores de opinião em qualquer esfera.
Lembremo-nos, principalmente, dos políticos. São eles, no final, os responsáveis por aprovar tudo o que vira lei. Mandemos-lhes cartas, faxes, e-mails, expressando-lhes nossa vontade e lembrando-os de que não terão nosso voto se não nos ouvirem. O voto ainda é nossa melhor arma, já que o Estado se declara laico (apenas quando lhe convém) e argumentos baseados em religião não são tão eficazes quanto deveriam — este é um caso que demonstra porquê o caráter supostamente laico do Estado pode ser uma maldição ao invés de bênção e porquê nenhum Estado será laico quando Cristo voltar.
Se desejar algo em que se inspirar nessa batalha, recomendo a leitura do artigo “Oposição ao mal”, de Gordon B. Hinckley, que se encontra na edição de setembro de 2004 da revista A Liahona, que pode ser baixada em versão PDF aqui.
Este artigo representa um pequeno esforço no sentido de cumprir a admoestação do Pres. Hinckley. Se você tem bons argumentos adicionais contra o casamento gay e desejar contribuir com meu esforço, não deixe de expressar seus pensamentos na área reservada a comentários, abaixo. Obrigado.
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