O convite, enviado com duas semanas de antecedência, era inusitado e muitos até pensaram que se tratava de brincadeira. “André e Samantha convidam para festa de descasamento, às 18h, no nosso antigo apartamento.” Mas era real. O casamento terminou e, para comemorar o divórcio, o ex-casal organizou coquetel para 30 pessoas, dividindo as despesas.
Samantha ainda briga com o marido na Justiça . Nossos pais ficaram chocados e não foram. Minha prima também relutou. Todos os convidados tiveram reações negativas, mas, no final, rimos bastante – lembra a advogada Samantha Andreotti, de 33 anos. (Leia também: Bem-divorciado e balões vermelhos nas festas )
Festas de fim de relacionamento como esta viraram mania e são cada vez mais freqüentes em São Paulo e no Rio. O que antes era motivo de tristeza, e até de vergonha, hoje é símbolo de liberdade e prazer.
Nos Estados Unidos e na Europa, a comemoração já faz sucesso há pelo menos quatro anos e inclui, além de comes e bebes, decoração personalizada, shows de stripper, luta-livre na lama, brincadeiras em piscina de espuma e até lançamento de dardos com a foto do ex como alvo. Tudo com direito a presentes aos anfitriões e brindes aos convidados.
Inspiração na telinha
Em São Paulo, a precursora das comemorações foi Samantha, inspirada no casal Yolanda Penteado e Ceccilio Matarazzo, que anunciou o fim do casamento durante uma festa à alta sociedade paulistana, na década de 50.
- Sempre fui fascinada pela Yolanda e, quando assisti à história na minissérie ‘Um só Coração’, em 2004, na Globo, achei o máximo. Na época, eu e o André já estávamos casados e combinamos que, se um dia nos separássemos, também seria no mesmo estilo – conta.
A festa de divórcio de Samantha e André aconteceu em maio de 2005, pouco mais de dois anos após o casamento, em janeiro de 2003.
- Na nossa vida, tudo sempre foi dois. Dois anos de namoro, dois de noivado e dois de casamento. Chegamos à conclusão de que, se esperássemos mais um ano, nunca mais nos casaríamos – diz.
Samantha e André continuam amigos até hoje, têm a mesma turma e freqüentam as mesmas festas. Ela casou-se novamente, com um ex-namorado de faculdade, mas a relação durou apenas um ano, e os dois brigam até hoje na Justiça. André vai se casar em 2009.
“Ufa! Estou livre”
Festas compartilhadas pelo ex-casal são mais raras. O que ocorre com maior freqüência é a mulher organizar o evento sozinha, em bufês ou em casa, e o homem se reunir com amigos em bares. A banqueteira Vivi Barros, uma das mais requisitadas de São Paulo, conta que, em junho, organizou uma recepção de divórcio para 60 pessoas e se divertiu muito. A cliente era uma dondoca paulistana, moradora nos Jardins.
Joice fez festa em sex shop Foto Luciola Villela AG O GLOBO- Ela ficou 20 anos casada, e a separação foi litigiosa. O ex-marido era muito ciumento e não a deixava fazer nada, nem mesmo receber amigos em casa. Então, para se vingar, organizou a festa com tudo aquilo que ele não gostava – diz Vivi.
Segundo ela, o prato principal era bacalhau, e a sobremesa tinha muito coco, coisas que o ex odiava. A anfitriã usou vestido vermelho deslumbrante, pintou as unhas da mesma cor e cortou os cabelos.
- Era tudo o que sempre quis fazer, mas o marido nunca permitiu.
Despedida de casada
As festas de divórcio podem ganhar uma conotação sexual quando são organizadas sem a presença dos ex-maridos. Aí, recebem o nome de “despedida de casada”. A nova solteira da praça reúne as amigas para uma noite só delas, com direito até a show de strippers.
Foi assim com a vendedora Adriana Nascimento, de 29 anos, que fechou uma boate em Copacabana, no Rio, para a comemoração.
- Acho que a festa foi uma forma de reaproximar as amigas solteiras e, ainda, agradecer o apoio que elas me deram no momento difícil da separação – conta.
Com a auxiliar administrativa Patrícia Lacerda, de 31 anos, foi diferente. Deprimida com o fim do casamento, ganhou a festa de surpresa das amigas. A atração principal foi uma palestra dada por uma sexóloga. “Foi muito bom para recuperar a auto-estima”, comenta Patrícia.
A despedida de casada da vendedora Joice Maria de Paula, de 25 anos, aconteceu em um sex shop, em Ipanema. As convidadas tiveram aula de “pole dance” (dança sensual feita em um poste) e Joice voltou para casa cheia de presentes. “Minhas amigas me deram lingeries e produtos da sex shop.”
O sexólogo Amaury Mendes Jr. acha válida a nova mania dos paulistanos e cariocas.
- É uma forma civilizada e inteligente de mostrar aos amigos em comum que não existe constrangimento em convidar os ex-cônjuges para o mesmo evento, por exemplo – diz o especialista em terapia sexual.
Mendes Jr. afirma que conhece casais que comemoraram o fim da união. “Um deles fez uma festa em Angra e, entre os convidados, estavam a nova namorada do ex-marido e o novo namorado da ex-mulher.”
Fonte: Vooz
Samantha ainda briga com o marido na Justiça . Nossos pais ficaram chocados e não foram. Minha prima também relutou. Todos os convidados tiveram reações negativas, mas, no final, rimos bastante – lembra a advogada Samantha Andreotti, de 33 anos. (Leia também: Bem-divorciado e balões vermelhos nas festas )
Festas de fim de relacionamento como esta viraram mania e são cada vez mais freqüentes em São Paulo e no Rio. O que antes era motivo de tristeza, e até de vergonha, hoje é símbolo de liberdade e prazer.
Nos Estados Unidos e na Europa, a comemoração já faz sucesso há pelo menos quatro anos e inclui, além de comes e bebes, decoração personalizada, shows de stripper, luta-livre na lama, brincadeiras em piscina de espuma e até lançamento de dardos com a foto do ex como alvo. Tudo com direito a presentes aos anfitriões e brindes aos convidados.
Inspiração na telinha
Em São Paulo, a precursora das comemorações foi Samantha, inspirada no casal Yolanda Penteado e Ceccilio Matarazzo, que anunciou o fim do casamento durante uma festa à alta sociedade paulistana, na década de 50.
- Sempre fui fascinada pela Yolanda e, quando assisti à história na minissérie ‘Um só Coração’, em 2004, na Globo, achei o máximo. Na época, eu e o André já estávamos casados e combinamos que, se um dia nos separássemos, também seria no mesmo estilo – conta.
A festa de divórcio de Samantha e André aconteceu em maio de 2005, pouco mais de dois anos após o casamento, em janeiro de 2003.
- Na nossa vida, tudo sempre foi dois. Dois anos de namoro, dois de noivado e dois de casamento. Chegamos à conclusão de que, se esperássemos mais um ano, nunca mais nos casaríamos – diz.
Samantha e André continuam amigos até hoje, têm a mesma turma e freqüentam as mesmas festas. Ela casou-se novamente, com um ex-namorado de faculdade, mas a relação durou apenas um ano, e os dois brigam até hoje na Justiça. André vai se casar em 2009.
“Ufa! Estou livre”
Festas compartilhadas pelo ex-casal são mais raras. O que ocorre com maior freqüência é a mulher organizar o evento sozinha, em bufês ou em casa, e o homem se reunir com amigos em bares. A banqueteira Vivi Barros, uma das mais requisitadas de São Paulo, conta que, em junho, organizou uma recepção de divórcio para 60 pessoas e se divertiu muito. A cliente era uma dondoca paulistana, moradora nos Jardins.
Joice fez festa em sex shop Foto Luciola Villela AG O GLOBO- Ela ficou 20 anos casada, e a separação foi litigiosa. O ex-marido era muito ciumento e não a deixava fazer nada, nem mesmo receber amigos em casa. Então, para se vingar, organizou a festa com tudo aquilo que ele não gostava – diz Vivi.
Segundo ela, o prato principal era bacalhau, e a sobremesa tinha muito coco, coisas que o ex odiava. A anfitriã usou vestido vermelho deslumbrante, pintou as unhas da mesma cor e cortou os cabelos.
- Era tudo o que sempre quis fazer, mas o marido nunca permitiu.
Despedida de casada
As festas de divórcio podem ganhar uma conotação sexual quando são organizadas sem a presença dos ex-maridos. Aí, recebem o nome de “despedida de casada”. A nova solteira da praça reúne as amigas para uma noite só delas, com direito até a show de strippers.
Foi assim com a vendedora Adriana Nascimento, de 29 anos, que fechou uma boate em Copacabana, no Rio, para a comemoração.
- Acho que a festa foi uma forma de reaproximar as amigas solteiras e, ainda, agradecer o apoio que elas me deram no momento difícil da separação – conta.
Com a auxiliar administrativa Patrícia Lacerda, de 31 anos, foi diferente. Deprimida com o fim do casamento, ganhou a festa de surpresa das amigas. A atração principal foi uma palestra dada por uma sexóloga. “Foi muito bom para recuperar a auto-estima”, comenta Patrícia.
A despedida de casada da vendedora Joice Maria de Paula, de 25 anos, aconteceu em um sex shop, em Ipanema. As convidadas tiveram aula de “pole dance” (dança sensual feita em um poste) e Joice voltou para casa cheia de presentes. “Minhas amigas me deram lingeries e produtos da sex shop.”
O sexólogo Amaury Mendes Jr. acha válida a nova mania dos paulistanos e cariocas.
- É uma forma civilizada e inteligente de mostrar aos amigos em comum que não existe constrangimento em convidar os ex-cônjuges para o mesmo evento, por exemplo – diz o especialista em terapia sexual.
Mendes Jr. afirma que conhece casais que comemoraram o fim da união. “Um deles fez uma festa em Angra e, entre os convidados, estavam a nova namorada do ex-marido e o novo namorado da ex-mulher.”
Fonte: Vooz
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